Meu querido quarto dia
Tive a oportunidade de conhecer as instalações/tendas do Leopard Trails. Ares de acampamento com estilo e conforto de um hotel boutique. Uma ideia inusitada que promove a proximidade entre o hóspede e as belezas naturais que se apresentam por toda a parte. Característica estrutural nesse roteiro que fizemos. Os hotéis são integrados à natureza. Tornam-se uma extensão dela. Esse conceito possibilita sensação singular de paz principalmente naqueles que vivem em grandes centros e acabam acostumados ao ritmo acelerado e barulhos intensos. Não fazia ideia que sentia tanta falta do silêncio aliado ao contato com a natureza.
* Meu hotel em Sigiriya: Water Garden Sigiriya
Região florestal, declarada Patrimônio da Unesco, cercada por sítios arqueológicos do século V – com descobertas magníficas, dos povos antigos, sobre planejamento urbano, tecnologia hidráulica e arte. Sigiriya é mais uma parte especial do Sri Lanka. Diante de um cenário natural milenar, o Water Garden Sigiriya é o toque contemporâneo que nos traz de volta do presente. Suas instalações, modernas e luxuosas, formam um retiro de tranqüilidade com muitos mimos para os hóspedes.
As áreas externas, integradas com a natureza local, convidam para imersão e conexão com a natureza soberana que reina através dos lagos, montanhas, florestas…
São trinta Water Villas, cada uma delas cuidadosamente decorada com conforto e sofisticação. A sensação é de um abraço aconchegante. Uma das muitas boas surpresas do Water Garden Sigiriya é a piscina privativa. Nos meses mais quentes, entre junho e agosto, pode causar a mesma satisfação da descoberta de um oásis.
A gastronomia, como todas que experimente no país, promove uma explosão de sabores – combinados com muita audácia.
Gentilmente, o hotel preparou uma degustação de arrack (também grafado como arak). É uma bebida elaborada a partir da seiva fermentada das flores de coco, grãos (arroz vermelho pode ser um deles) ou frutas e cana-de-açúcar. O teor alcoólico é ousado: de 40 a 60% – um pouco mais alto do que o da nossa cachaça, que fica entre 38% e 48%.
Não posso encerrar essa parte da viagem sem falar do SPA. Ah, o SPA do Water Garden Sigiriya, e suas deliciosas terapias, comprovam que sempre é possível relaxar um pouco mais e mais um pouco…
Cheia de amor por esse lugar!!
* Meu querido quinto dia
Um pedacinho de manhã para contemplar a flora que cerca o hotel. Caminhada, um pouco de sol, alguns cliques e é hora de partir!
Já mencionei que essa viagem, tão corrida – apesar de fantástica – teve um objetivo definido. Sri Lanka é um destino perfeito para “slow travel”.
Outro ponto imprescindível é consultoria especializada – você poderá contar com a excelência da LM TOUR – além do apoio profissional local de nossos parceiros.
A acessibilidade pode ser um assunto complicado. Há estradas muito estreitas, a velocidade precisa ser reduzida. Demoramos cerca de 4h em um trajeto de 120 km. Pois é!
Chegamos numa uma espécie de propriedade rural com apenas 5 quartos. Apesar do “incalculável” tamanho área externa, a hospedagem tem proposta intimista. Os espaços aconchegantes remetem a uma casa de campo super confortável.
Não recomendo este hotel para pessoas com restrições de mobilidade. Uma boa parte do trajeto, até a entrada do hotel, deve ser feita a pé. O caminho tem terreno íngreme e a subida pode ser puxada!
Fomos recebidos com um “welcome drink” e logo esquecemos da longa caminhada… rs
* Meu querido sexto dia
Uma manhã de garoa, mas o tempo é curto e a programação foi mantida. Fizemos uma caminhada pela fazenda.
É uma região de montanhas – o verde da natureza é predominante. Meus pulmões não estão acostumados com tanto ar puro. Apesar da manhã chuvosa, e necessária, pude vislumbrar como seria um dia de sol naquele lugar… Ahh, o que seria de nós sem os inestimáveis poderes da natureza? Nem quero saber!
O local também é dedicado a plantação de produtos orgânicos: hortaliças, frutas, chá e mel. Da terra, e das colméias, para a mesa. O frescor dos ingredientes estava presente em todos os pratos preparados para nós. Foi um privilégio…
Nossa programação segue e tivemos que nos despedir desse pequeno éden intimista escondido entre montanhas.
Nosso trajeto para o novo destino foi percorrido em 4 h, mais ou menos. Durante o caminho passamos por lugares e, pela janela do ônibus, desenhou-se o cenário do dia a dia dos cingaleses. É interessante concluir que eu estava fazendo uma das viagens maism incríveis da minha vida, vivendo momentos inéditos e, ali mesmo, a rotina marca o passo de pessoas com funções fundamentais para viabilizar o cotidiano daquele país. Bem provável que muitos deles nem saibam disso, mas deveriam…
Rumo a Hatton!