Mulheres pelo Mundo

Mulheres na Tailândia

08 março 2021

Meu nome é Melissa Bernardelli, sou idealizadora do projeto #mulherespelomundo e proprietária da LM Tour

No último post você ficou sabendo como tudo começou. Confira aqui Mulheres em Dubai – Mel Bernardelli | #mulherespelomundo

A fascinante Tailândia sempre fez parte do meu imaginário. Eu sabia que um dia nos encontraríamos. Foi o que aconteceu na segunda viagem do projeto #mulherespelomundo.

Eu e 28 mulheres embarcamos rumo à Tailândia! Neste post, você confere como foi uma das melhores experiências que já tive como consultora de viagens.

  • O que que a Tailândia tem?

Mesmo sendo uma viajante voraz, precisei deixar meu “ocidentalismo” em segundo plano para poder assimilar com clareza todos os movimentos, cores, aromas, sabores, crenças, cultura e história tailandesas. Buscava uma percepção clara, sem influências internas ou julgamentos! Era justamente o que queria transmitir para as minhas clientes, também.

A “Terra dos Sorrisos”, já habitada em 4000 a.C. e que nunca foi colonizada por europeus, guarda um povo acolhedor e gentil – que ao longo dos anos aprende e ensina a arte de cuidar do coletivo.

  • Nosso guia de turismo

Quando “desenho” um roteiro, busco guias locais que possam transmitir com mais assertividade costumes e culturas locais. Além disso, é importante que esse profissional fale o nosso idioma – quebrando a barreira da língua, integrando o grupo!

Na Tailândia são permitidos somente guias locais, que nasceram lá. Com essa regra, o país deseja que a riqueza cultural e histórica seja fielmente apresentada aos turistas.

Meus contatos, e minha experiência, possibilitaram duas combinações perfeitas: um guia nascido na Tailândia e que morou em Portugal e aprendeu a nossa língua. Podia ser melhor? Sempre pode melhorar!!

Só não espere a agilidade que encontraria em São Paulo, Tóquio ou Nova York. Foram necessários dezenas de emails trocados para alinhar o roteiro que eu tinha em mente.

Confira cada detalhe dessa viagem m a r a v i l h o s a !!!

  • Transporte público na Tailândia

O serviço é muito precário. Trajetos de uma cidade a outra podem ser feitos de ônibus ou trem – esse último é bem famoso por atrasos constantes e demora nos trajetos.

Pensando nisso, já deixei tudo planejado – e contratado – para o grupo #mulherespelomundo. Vans reservadas nos levaram nas atrações programadas no roteiro. Organização? Sim, total!

  • Primeira Parada: Chiang Mai

Com destino ao Sudeste Asiático, começamos nossa viagem por Chiang Mai. Essa cidade, localizada na região Norte do pais, é cercada por montanhas e algumas ruínas que contam a história de um antigo centro religioso e cultural.

Você vai encontrar mais de 300 templos budistas na segunda maior cidade do país. Não pense que por isso você vai experenciar somente introspecção e tranqüilidade. Tsc, tsc, tsc… Chiang Mai também é um local de compras, mercado noturno, vida noturna e gastronomia!

Tem pique? Então vem cá saber o que a gente viu!!

  • Wat Doi Suthep: O Templo Dourado no alto de uma montanha

Esse tipo de construção nos surpreende de maneira expressiva.

Pensa em um templo construído no alto de uma montanha. Pensou? Imagina todos os maquinários necessários para carregar material, equipamentos e objetos necessários. Imaginou?

Então dê um pulinho em 1383. Sim, este foi o ano do início da construção.

Retire todos os maquinários, inexistentes na época, e substitua por trabalhadores que atravessavam a mata carregando suprimentos até o alto da montanha. Falo de 1000 metros… Acha seu trabalho complicado?

Levou anos até que o templo fosse concluído. Durante os séculos seguintes, ele recebeu novas áreas, alas, decoração, adornos, objetos… É incrível como esse “passar do tempo” está registrado nos diferentes estilos arquitetônicos.

O acesso por uma estrada só foi possível em 1935 – a comunidade se uniu para asfaltar o caminho que leva ao Wat Doi Suthep.

Na entrada já fomos impactadas por uma escada com 300 degraus. Sim, 300! Quem não tem fôlego, preparo físico ou alguma dificuldade para se locomover, também pode chegar ao topo da montanha. Há funicular ¹ que leva os visitantes!

Muito ouro, centenas de imagens de Buda, sinos que são tocados para trazer “sorte” e muita gente! Meus olhos não conseguiam fixar em uma imagem somente, há tanta informação em todos os lugares… Eu queria registrar toda a beleza disponível naquele lugar fantástico. Apesar de toda gene, ainda foi possível encontrar certa tranqüilidade ao atravessar alas e pátios. A vista de Chiang Mai, que parecia caber na palma da minha mão, reafirmou a magnitude de Wat Doi Suthep.

¹ Espécie de carrinho de ferro usado para transporte em pontos altos

  • Yi Peng e Loy Krathong: Festival das Lanternas e Festival das Luzes

Acredita-se que as lanternas levam embora as doenças e infortúnios, deixando apenas os aprendizados para o início de uma nova etapa.  O inesquecível ritual é realizado na noite de lua cheia do décimo segundo mês do calendário lunar tradicional tailandês. E isso quer dizer o que? Mês de novembro, todos os anos, mas os dias são flutuantes.  

As celebrações fechadas (pagas) são mais novas. Foram criadas na década de 1970, por monges que desejavam divulgar Chiang Mai pelo mundo afora. Só posso dizer que deu certo!!

Os ingressos precisam ser adquiridos com antecedência. Os pacotes incluem: 
✔Transporte desde o hotel 
✔Entrada no Festival 
✔ Lanterna 
✔Um guia com explicações de como “botar”a sua lanterna no céu ou na água

✔Comidinhas locais deliciosas

✔Shows de danças típicas

Pensa na força de uma multidão sintonizada com bons pensamentos, grata pelos aprendizados e reafirmando a esperança em dias melhores… 
Em tempos de pandemia, valorizei ainda mais o “olhar” grato para diversas situações da minha vida.

Estar naquela cerimônia, com significado tão profundo, foi um privilégio do qual quero sempre me lembrar!

  • Elephante Nature Park: Santuário dos Elefantes

#mulherespelomundo não poderia deixar de visitar um local com a missão e salvar e cuidar de animais que tem sido explorados – como atrações turísticas – em muitos países asiáticos.

Há 100 anos havia 100 mil elefantes na Tailândia – hoje são menos de 10 mil. Os maus tratos são a razão da espécie ser dizimada no decorrer desse tempo. Muitos santuários foram criados com o objetivo de preservar esses gigantes que são tão indefesos nas mãos de humanos cruéis.

Visitamos o Maerim Elephant Sanctuary http://maerimelephantsanctuary.com/).

Na vista de meio dia, é possível observar, dar banho e alimentar os elefantes – sob a supervisão de um cuidador que tenha vínculo com o animal.

Meu objetivo era conhecer o Elephante Nature Park https://www.elephantnaturepark.org/ foi fundado na década de 1990 e fica bem pertinho de Chiang Mai – cerca de 60 km. Sua idealizadora, Sangduen Lek Chairlet, dedica seu tempo no salvamento e reabilitação de elefantes.

O santuário também incentiva maneiras éticas e responsáveis para possibilitar o turismo com elefantes, mantendo os animais livres e em condições que se assemelham ao seu habitat natural. Sem correntes, gritos de comando ou violência.

Muitos elefantes tem cicatrizes físicas e psicológicas resultantes de um passado abusivo. Desde cegueira até abandono devido à idade avançada.

O parque recebe muitas doações de ajuda de Ongs pelo mundo, isso permitiu que eles também resgatassem outras espécies em estado de sofrimento: cães, gatos, macacos, búfalos.

O santuário oferece programas que classificam o tipo de visitação. Há de meio dia, dia inteiro e até a possibilidade de ficar 7 dias para conhecer e ajudar no dia a dia do parque.

Os programas/visitas são pagos e ajudam a custear a Fundação.

Tínhamos pouco tempo e a visita ao Elephante Nature Park não foi possível nesta viagem. Sabe o que isso significa? I will be back soon!!

  • O povoado das mulheres-girafa

As mulheres do povoado usam argolas no pescoço – algumas pesam até 7 quilos – como símbolo de beleza.

Aos 5 anos, as meninas ganham o seu primeiro colar para iniciarem o processo.

Fiquei surpresa e intrigada ao saber que o pescoço não alonga. Na realidade, o tórax é pressionado para baixo por causa do peso das argolas no decorrer dos anos.

A etnia Karen vivia na antiga Birmânia, hoje região de Myanmar. Os conflitos armados da década de 1940 forçaram a migração para a Tailândia. Durante essa longa viagem pelas matas, segundo uma das histórias contadas para a origem do uso do artefato, havia ataques de tigres que mataram muitas mulheres. As argolas teriam sido usadas, em um primeiro momento, para proteção. Só muito tempo depois é que tornaram-se uma demonstração de beleza.

Ma-ba é quem tem o colar mais longo entre as mulheres – são 37 centímetros. O colar é feito de uma peça única, de bronze, que é manuseada até atingir o tamanho desejado.

Elas vivem de maneira muito simples. São tímidas, mas receptivas. Sobrevivem do artesanato que produzem no povoado. Por isso achei importante comprar alguns objetos para retribuir a hospitalidade.

A visita do #mulherespelomundo ao povoado foi uma experiência de grande aprendizado. A primeira reflexão foi o conceito de beleza. É inútil impor padrões!

  • Uma noite em Chiang Rai

Localização do emblemático “Triângulo Dourado” – fronteira entre Laos, Myanmar e Tailândia – vale uma visita, mesmo que seja por algumas horas!

Continue para conferir o que fizemos em Chiang Rai!

  • Wat Rong Khun: Templo Branco

Não há, em lugar algum do país, um templo como este! Tentar descrevê-lo fielmente é inútil e impossível – as lembranças ainda brincam na minha memória. A frase clichê – “é um dos lugares mais lindos que já vi” – se encaixa perfeitamente.

O Templo Branco foi projetado e financiado por um famoso artista tailandês. A cor branca alternada com pedaços de espelhos que são refletidos pela luz do sol para representarem a pureza e a sabedoria de Buda.

As partes do templo, com fundamentos budistas, convidam os visitantes para a antiga reflexão humana sobre os valores espirituais e os prazeres do mundo. A proposta é elevação da mente com o amadurecimento espiritual. Em algumas áreas, segundo a crença budista, é evidente a luta interior para vencer as chamadas “tentações” e a recompensa pelo “bom combate”!

  • Wat Rong Suea Ten: Templo Azul

A partir das ruínas de um antigo templo, o arquiteto tailandês – Phutha Kabkaew – construiu o Templo Azul. O projeto teve início em 2005 e foi concluído em 2018, mas já estava aberto ao público desde 2016.

Tudo o que vi, me deixou extasiada. É possível ficar horas e horas contemplando o majestoso templo, sem ver o tempo passar.  O azul índigo, predominante na construção, em perfeita harmonia na combinação com tons amarelados e dourados, o torna um dos templos mais belos da Tailândia.

Além de um Buda branco, com mais de 6 metros de altura, o interior do Templo Azul tem elementos que contam passagens da vida do líder religioso. Se estiver indo para a Tailândia, coloque essa visita na sua lista. Se já foi, conte sua experiência nos comentários!

  • A frenética Bangkok

Foi fascinante estar na capital do país em meio a templos, luzes coloridas e prédios que parecem tocar o céu! O caos transforma-se em algo interessante e desperta a curiosidade dos visitantes que sempre buscam mais ao serem apresentados às atrações mais inusitadas que já vi.

Algo assim: “Pensei que já tivesse visto de tudo”. Em Bangkok você descobre que não viu!

Eu aproveitei a capital ao máximo e proporcionei ao #mulherespelomundo o que ela tem de melhor para oferecer. Mantendo sempre coração e mente abertos!

  • Sirocco Restaurant and Sky Bar

Alguns prazeres mundanos ultrapassam milênios, a boa mesa é um deles!

Reservei uma noite para conhecermos o restaurante a céu aberto mais alto do mundo, fica no 63° do Lebua Hotel https://lebua.com/restaurants/sky-bar/

Ele tornou-se mais famoso ainda ao servir de cenário para o blockbester “Se Beber Não Case 2”.

Entre drinques criativos, culinária excitante, tivemos uma vista privilegiada da “fervida” Bangkok!

  • City Tour

Nosso guia nos levou para um “giro” em Bangkok. Eu adoro fazer city tour nas viagens, vejo como uma maneira de ter uma visão panorâmica da cidade – depois posso voltar sozinha para visitar com calma os lugares que mais gostei!

Incluí os principais templos de Bangkok no roteiro. Pude conferir o contraste entre a pobreza tão acentuada de algumas regiões e a riqueza existente nos templos do país. Não é uma crítica, apenas reflexão!

  • Cruzeiro Horizon Buffet Dinner

Como ninguém é de ferro, #mulherespelomundo teve outra noite de encantamento em Bangkok! Jantar servido a bordo de um barco restaurante que passa por algumas atrações turísticas durante o jantar. O ambiente era sofisticado, comida saborosa, um bom vinho e gratidão por mais esse carimbo no meu passaporte!

  • Maeklong Railway Market: Mercado do Trem

Pensou que a aventura tinha acabado no mercado flutuante? Tsc, Tsc, Tsc!

É um mercado de rua com produtos encontrados em diversos outros mercados do país: frutas, legumes, peixes, carne, alimentos prontos, bebidas, roupas…

Bem pertinho das 11h00 é possível ouvir o apito de um trem, avisando que está bem próximo. Sim, isso mesmo, um trem! Olhe para o chão e veja que está sobre trilhos!!!!

E agora? Com muita naturalidade, os comerciantes recuam suas tendas – com os produtos – e esperam o trem passar, o que leva de 20 a 30 segundos. Depois desse tempo, tudo volta ao “normal”!

O trem passa tão perto que a sensação é de que alguma coisa vai dar errado, mas logo a gente percebe que tudo está calculado milimetricamente.

Além de ser engenhoso, explica a tranqüilidade dos comerciantes e moradores locais.

Não é filme ou história de pescador, é o Mercado do Trem. Está localizado na província de Samut Songkhram – a 60 km de Bangkok. Ele funciona diariamente, pois abastece os moradores da região.

Quer fazer compras “com emoção”? Visite o Maeklong Railway Market!!

  • Damnoen Saduak: Mercado Flutuante

Você chega no mercado, pega um carrinho ou cesto, passeia entre as prateleiras, escolhe os itens que estão faltando em sua casa. Um cenário comum no mundo inteiro. Pensa que esse mercado fica sobre as águas, as mercadorias estão dentro de barcos – e você também!

Apesar de ser mais destinado ao turismo, os mercados flutuantes já fizeram parte do cotidiano da Tailândia. Entre os anos de 1866 e 1868 houve a construção  de um canal para unir dois rios, 32 km, a partir daí cerca de 200 canais “surgiram” junto com os mercados flutuantes.

Damnoen Sudak é o mais famoso e mais procurado pelos turistas. Ele ficou mundialmente conhecido no filme 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro. Se você não lembrava, pega a pipoca e assista de novo!

Você vai encontrar de tudo: temperos, alimentos, lembrancinhas, roupas, bebida, artesanato… É uma variedade imensa! Também é possível comprar e degustar, na hora, algumas iguarias locais. É um momento: “feche os olhos e teste seu paladar”!

  • Khao San Road

Pensa em uma rua com dupla personalidade… Durante o dia, o caos até faz sentido: vendedores de rua, lojas, restaurantes, muita gente circulando. Toda cidade tem uma rua assim.Será? De noite, Khao San Road muda completamente – mais precisamente, às 23h00. Muda a “cara”, muda o público, muda tudo!

Khao San Road, durante a madrugada,é só para adultos. Você verá do inusitado ao ousado. Tente manter a mente aberta…

Há oferta de tudo: desde sexo, passando por bebidas, penteados criativos, tatuagem, massagem e as famosas especiarias ousadas.

Os insetos fizeram parte da mesa tailandesa por causa da escassez de comida, eram, para muitas famílias, a única fonte de proteína. A necessidade tornou-se tradição, mas, nos dias atuais, somente as cidades do interior ainda consomem insetos – como aperitivos. Em Bangkok, na Khao Road, as barracas com cobras, escorpiões, aranhas – entre outros – existem para atrais turistas, apenas. E vale lembrar: custam uma fortuna!

Se eu provei? Claro! Gostei? Então…

  • Cidade histórica de Ayutthaya

Patrimônio Cultural da Humanidade, desde 1991, Ayutthaya foi a capital do Sião e uma  cidades mais importantes do mundo entre os séculos 17 e 18.

Sua localização entre China, Índia e Malásia, foi ponto determinante para que a cidade abriga-se um dos portos comerciais mais importantes daquela época. Comercializavam madeira, marfim, peles de animais, seda e artesanato.

Somente a 80 km de Bangkok, é possível passar o dia visitando as ruínas, os templos e conhecendo um pouco mais história sobre a que de uma cidade próspera, poderosa e que teve 1 milhão de habitantes!

Gostou? Deixe seu comentário. Compartilhe.

Melissa Bernardelli

Travel Designer desde 2014

38 países

Seu sonho é a minha viagem! #mulherespelomundo

Deixe seu Comentário
1 Comentário
  1. bonus za registraci na binance   ///   22/07/2024 - 06h20

    Thanks for sharing. I read many of your blog posts, cool, your blog is very good.

Post Anterior
Voltar para a Home
Próximo Post