Meu nome é Melissa Bernardelli, sou idealizadora do projeto #mulherespelomundo e proprietária de duas empresas:
LM Tour: Operadora de serviços e agência de viagens, sediada no Brasil.
Mel Bernardelli LLC: Operadora e agência de serviços, sediada em Dubai – meu local de residência neste momento.
Neste post conto t u d o sobre o quadragésimo carimbo no meu passaporte. Foi inesperado, mas eu amei! País? Sri Lanka!
A história nos apresenta um país ocupado por várias civilizações ao longo dos séculos. Registros antigos apontam que já havia povos residindo na região no século VI a.C., mas o início do domínio europeu teve início no século XVI – mais precisamente em 1505.
Há algo em comum entre Brasil e Sri Lanka. Sabia? Os primeiros europeus a chegarem, foram os portugueses; seguidos por holandeses e britânicos. Apesar da incontestável preferência por chás, deixada pelos britânicos, Portugal estava interessado no cultivo de café.
A herança de paladares não foi à única deixada pelo domínio europeu, infelizmente. Ódio religioso e cultural foi disseminado entre os filhos de um mesmo país – resultando em conflitos que perduraram por décadas – mesmo após a independência, negociada com a Grã-Bretanha; ano 1948.
Nos dias atuais, classificaria como um mosaico étnico e religioso!
Fui convidada, por uma renomada operadora brasileira de turismo, para conhecer um pouco desse país que ainda não é um destino popular entre os brasileiros – ainda… Eu quero contribuir para ajudar a mudar esse cenário.
Meu roteiro foi programado para profissionais do turismo. Em ritmo acelerado, visitei hotéis de luxo em diferentes regiões – enquanto os guias turísticos compartilhavam valiosos conhecimentos sobre cultura e história do Sri Lanka.
Para “turistar”, o ideal é ficar mais tempo em pelo menos duas regiões. Esse país precisa ser desvendado com calma dentro de nós!
Vou contar, neste post sobre o Sri Lanka, um pouco de tudo o que vi e experienciei na minha viagem.
Vem comigo?!
- Chegada
Quer sentir a “vibe” VIP? Você pode! Com o pagamento de uma taxa, é possível descomplicar alguns procedimentos da chegada. Fomos recebidos na saída da aeronave e encaminhados para um espaço super aconchegante – com poltronas, mesas, café e um delicioso lanchinho. Sabe quantas vezes recebi a bagagem na sala VIP? Uma vez, no Sri Lanka.



- Primeira parada: Negombo
Desembarcamos em Colombo, maior cidade da ilha.
O trajeto até a primeira hospedagem tem cerca de 30 km. Negombo é uma cidade portuária que tem a pesca como principal atividade econômica.
Vale lembrar que Sri Lanka forma um “combo perfeito” para deleite dos turistas. Banhada pelo Oceano Índico, sua costa tem extensão de 1.300 km, floresta tropical com espécies nativas, natureza selvagem – além de estar entre os países com a maior biodiversidade do mundo.
Há queixas sobre condições de algumas praias, especificamente sobre a limpeza delas. Durante a pandemia, vimos que – quando protegida dos abusos humanos – a natureza responde com maestria ao ciclo natural de renovação. Se algo está em desequilíbrio, nós somos responsáveis.
- Meu hotel em Negombo : Villa Hundira
Localizado à beira da Lagoa Negombo, esse hotel boutique tem ambiente intimista com “ares” de casa de campo – cercado por natureza. Ambientes amplos, simples e de bom gosto, que estão harmonizados com a paisagem no entorno da propriedade.
A idéia é r e l a x a r! Moradores locais buscam este hotel como uma espécie de refúgio nos finais de semana.
As terapias do SPA me ajudaram a desacelerar. A natureza completou o trabalho para renovar as energias.
As atualizações de silêncio e tranquilidade foram concluídas com sucesso!









- Meu querido primeiro dia
Fomos almoçar em um restaurante com conceito “multi espaço”. Além de oferecer uma das melhores refeições que eu já provei – abaixo vou falar um pouco mais sobre isso -,ele tem espaços gostosos para relaxar, passeio de barco e acomodações para quem deseja prolongar a experiência.
O Dutch Trails é um lugar especial. Os frutos do mar chegam pela manhã, diariamente.São cuidadosamente preparados pelo talentoso chef do local. Ele aposta na simplicidade para dar destaque aos sabores naturais de cada “prato”. Sabe o resultado? Uma explosão de sabores coloridos e aromatizados.
Dá uma espiada no tamanho do camarão ! Todo o meu amor para a farofa de coco…
Um dica: você que sonha em conhecer o Sri Lanka, treine seu paladar antes da viagem. Isso significa começar a consumir pimenta, aos poucos. Eles usam o tempo todo, em quase tudo. As refeições são bem “calientes”!





Depois desse almoço inesquecível, fomos conhecer o escritório da empresa que fez o nosso receptivo – cuidando os passeios. São sérios e muito comprometidos! Eu já estive em mais de 40 países e, por isso mesmo, é o suporte que determina o sucesso de uma viagem. Quando tudo está bem, parece simples. E quando há imprevistos?
Nosso primeiro jantar foi no Rare Bar + Kitchen. Ele está localizado dentro do Uga Residence, um hotel boutique de luxo – construído em uma mansão vitoriana dos anos 1840. Um belíssimo refúgio, em Colombo, com 11 suítes, conceito intimista e serviço personalizado.
Nos convidaram para conhecer um dos quartos e eu quase m o r r i! Bateu uma vontade de fingir que esqueci alguma coisa só para ficar escondida passando a noite, sabe? Dias de luta, dias de glória!
É difícil acreditar na idade do imóvel. Mantiveram o conceito inicial, é possível identificar o estilo vitoriano. Os quartos são aconchegantes e o banheiro, com certeza, está no século “certo”. Luxo puro, meu povo!


Voltando ao jantar, o Rare tem ambiente sofisticado, charmoso e acolhedor. As entradas são saborosas e a apresentação é impecável. Pratos que atendem paladares exigentes – montagem perfeita. Drinques coloridos e sobremesas que encerram o jantar com um toque de suavidade.
Facilmente, eu me acostumaria com essa vida!
OBS: Só agora que fui organizar esse post eu vi que fiz mais vídeos do que fotos do Hotel e restaurante. Definitivamente não nasci para ser blogueira haha






- Meu querido segundo dia
Como disse o indomável, Zeca Pagodinho: “Camarão que dorme, a onda leva.”
Bora acordar para as atividades do segundo dia! Vou postar, aqui, um registro do café da manhã. Percebeu a situação? Apesar de diferente, para nós, claro, é super saboroso, nutritivo e “engordativo”.


Após o café, pegamos a estrada rumo ao centro do país – mais precisamente; Dambulla. O trajeto pode variar entre 2h40 e 3h00. Fiquei surpresa com a boa condição de algumas rodovias.
Classificada pela UNESCO como o maior e mais bem preservado complexo de cavernas-templo, Dambulla tem sido um local de “peregrinação sagrada” por mais de 2.200 anos. As quase 160 estátuas e pinturas budistas estão entre as obras religiosas mais importantes do mundo.
Junto com o grupo, tive o privilégio de visitar um vilarejo que tem o objetivo de retratar um pouco do dia a dia das comunidades rurais. Além de ter sido uma experiência fascinante, também provocou muitas reflexões. Em tempos de tecnologia e globalização, é crescente a sensação de urgência. Tudo precisa acontecer agora, já, bem rapidinho… Com alguns cliques, temos centenas de restaurantes ao alcance das mãos. Nos supermercados, “colhemos”, em poucos minutos, frutas, verduras e legumes suculentos – prontos para o consumo.
Observar uma nativa preparando uma refeição a partir da “matéria-prima bruta” faz emergir um sentimento de respeito, uma espécie de reverência. Apesar da idade, seus movimentos são ágeis e carregam a experiência do cotidiano.
Legumes e frutas frescos, especiarias locais, preparação cuidadosa em fogão à lenha e panelas de ferro… Resultado? Um banquete de sabores! Nunca vou esquecer o sabor do iogurte com mel de coco!!











Após essa tarde singular, seguimos para o próximo hotel.
- Meu hotel em Dambulla: Kalundewa Retreat
Esse hotel boutique fica dentro de uma fazenda, cercado pela natureza, oferece experiências para nos integrar ao cenário, à paz, à tranqüilidade, à beleza do silêncio…
Os quartos são bem decorados, traços modernos e interligados com o cenário local através das paredes de vidro – a vista é indescritível -, privacidade e serviços impecáveis. Neste ponto da viagem, começo a pressentir estado depressivo quando chegar à hora de partir… rs Ahh, quase esqueci da piscina privativa! :O







Jantar especial, ao ar livre. O restaurante mantém o conceito da propriedade: integração à natureza. Cercado de árvores, vista para os arrozais, funcionários acolhedores, cardápio que explora combinação de sabores e drinques deliciosos.




Hora de dormir que amanhã tem mais!
- Meu querido terceiro dia
Acordei um pouco mais cedo para me despedir do que ainda há de bucólico naquela paisagem. O carrinho de golfe veio nos buscar para o café da manhã – o transporte é feito dessa maneira na propriedade, é mais seguro e mais rápido, mas pode também ser feito de bicicleta, disponível no local.



Tudo foi preparado com muito esmero, simplesmente d e l i c i o s o ! Ovos, panqueca, pãezinhos, frutas frescas – deu fome só de lembrar. Todos são super atenciosos no Kalundewa Retreat.



Teve um aspecto negativo: a hora de partir… Um lugar desses, deve ser apreciado por uma estadia mais longa. Adorei!




Pegamos estrada rumo à primeira capital do Ceilão (antigo nome do Sri Lanka), ano 377 a.C.
Na cidade sagrada de Anuradhapura, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, está o cerne do budismo. Seus antigos templos e monumentos antigos com o formato de cúpulas (estupas) atraem peregrinos de todo o país.
Um dos pontos de peregrinação mais importantes é a Jaya Sri Maha Bodhi – a figueira, plantada pelo “homem”, mais antiga do mundo. Ela brotou a partir do ramo de uma figueira trazida da Índia – esta última, segundo a crença budista, seria o local da iluminação de Buda.
Na mesma área, dentro do Parque Mahamewuna Uyana, está o primeiro templo construído após a chegada de S. Mahinda no país. O monge, poeta e escritor tibetano – que se mudou para o Sri Lanka enquanto o país estava sob domínio britânico -, incentivou e participou ativamente dos movimentos de independência. Ele é querido pela maioria e considerado um herói nacional.
Foi extraordinário viver essa experiência. É interessante presenciar as manifestações da fé nos templos. Os semblantes expressam extrema emoção e respeito. Apesar das dificuldades vividas pela população do Sri Lanka – e são muitas, de toda ordem – o exercício da gratidão parece fazer parte do cotidiano daqueles cingaleses.








O meu encontro com uma senhora que estava completando 100 anos, naquele dia, resultou em um dos registros mais lindos que já fiz durante uma viagem.
Vestimenta alva, sinal de pureza da alma – de acordo com os preceitos budistas – as marcas da vivência secular, banhadas por sentimento de gratidão, estavam estampadas naquele sorriso tímido e pacífico – coisa de quem alcançou a cobiçada sabedoria.

- Meu hotel em Anuradhapura: Uga Ulagalla Resort
Chegamos no hotel perto da hora do almoço e tivemos uma recepção saborosíssima. Este hotel carrega uma responsabilidade culinária, pois ele promove eventos e festivais de gastronomia. Mais uma vez, meu paladar foi “atiçado” pelos sabores do Sri Lanka. Decoração, aroma, tudo preparava os sentidos para um “grand finale”: festa no céu da boca!!
Aprovadíssimo! Não repeti por falta de espaço interno… rs (já imaginando os kgs extras no final da viagem)








O Uga Ulagalla abriga vilas elegantes, espaçosas, com decoração sofisticada, piscina privativa e vista privilegiada para paisagens “pintadas” nos mais variados tons de verde.
Há um menu de serviços com experiências que atendem praticamente todas as preferências dos diferentes perfis de hóspedes.
Fomos presenteados com safári e piquenique. Vou deixar vocês com um pouco de inveja, só um pouco… Fotos a seguir!
A experiência foi coroada com um pôr do sol em meio à natureza selvagem. É de tirar o fôlego!! Meu brinde foi temático: #ummilhãodemotivosparaagradecer








Pensam que acabou? Tsc, tsc, tsc…
Toda essa “receptividade”, trabalhada no mimo, me deixou bem mal costumada. #helpme
Jantar ao ar livre, com “ares” de savana africana, especialmente preparado para o nosso grupo. Os alimentos foram preparados em fogão à lenha, panelas de ferro – preservando o sabor natural de cada prato. Essa experiência foi regada à boa conversa, alegria – sob uma noite de luar danada de linda!!













Um pouco dos quartos e da estrutura do Hotel. Já posso voltar???













E não para por ai, antes de me despedir desse Hotel maravilhoso teve um passeio de Kayak com paisagens deslumbrantes.










E para finalizar, o café da manhã do Hotel. Fome??? Não passamos com certeza!!!!


Essa história de amor – Sri Lanka e eu – não tem fim! Em breve mais um post dessa viagem incrível!